Marcha de carros: como funciona, cuidados necessários e quando fazer as trocas
A marcha de carro é parte fundamental do sistema de transmissão do veículo. É importante ter atenção quanto ao seu uso, pois ele influencia diretamente no consumo de combustível e no bom desempenho do automóvel.
Além disso, práticas nocivas podem causar desgaste prematuro das peças e até mesmo quebras, o que pode representar altos custos de manutenção.
Pensando nisso, preparamos esse texto para esclarecer algumas dúvidas comuns sobre o funcionamento da marcha de carro. Continue a leitura e descubra tudo o que você precisa saber sobre o tema.
Como funciona a marcha do carro?
A marcha do carro faz parte do sistema de câmbio, mecanismo responsável pela distribuição de torque ao motor.
Cada um dos níveis, ou seja, um número de marcha, dita a força e a velocidade que são transferidas às rodas.
Geralmente, os carros de passeio contam com 5 níveis de marchas, sendo classificadas como baixas (1-3) e altas (4 e 5).
Quando a rodagem acontece em marchas baixas, o carro está com pouca velocidade, mas com alta potência. Isso acontece durante a fase de aceleração.
Já quando encontra-se em marchas altas, ou seja, a partir da posição 3, o veículo roda em velocidades maiores, mas com menor potência e aceleração.
Outra função da marcha de carro é a de alterar o sentido de rotação das rodas, ou seja, quando a ré é engatada.
Tipos de transmissão
Atualmente, é possível encontrar veículos com quatro tipos distintos de câmbio, sendo eles: manual, automático, automatizado e CVT.
Entenda melhor sobre cada um deles abaixo:
- Manual: é a opção mais comum no mercado. Aqui, utiliza-se a embreagem e uma alavanca para selecionar a marcha desejada;
- Automático: como o próprio nome já diz, o acionamento da embreagem e a troca de velocidade ao engatar as marchas no carro com câmbio automático são feitas automaticamente, sem a necessidade de intervenção do motorista. Este, precisa apenas controlar a velocidade e o freio;
- Automatizado: são utilizados sensores elétricos para realizarem a leitura do motor do veículo. Estes, por sua vez, identificam as mudanças de velocidade e enviam sinais para os atuadores hidráulicos, responsáveis por acionar a troca de marchas automaticamente;
- CVT: aqui, não há um número fixo de marchas e o veículo roda como se existisse uma infinidade delas. As trocas de marchas acontecem de forma virtual, variando de acordo com a velocidade do veículo e não limitadas pelos giros do motor.
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Dicas de uso da marcha de carros
O motorista deve evitar algumas práticas, de modo a não prejudicar o funcionamento da marcha do carro. Listamos algumas ações que não devem ser feitas.
- Evite reduções muito bruscas: o sistema de transmissão tem a função de trabalhar em rotações específicas, logo, quando forçado, aumenta-se a possibilidade de quebra;
- Nunca diminua a marcha pulando etapas, como, por exemplo, saindo da posição 4 direto para 1;
- Não apoie o braço na alavanca do câmbio;
- Não deixe de fazer as revisões periódicas. Estas devem ocorrer a cada seis meses ou quando o veículo atingir 10 mil quilômetros rodados.
Atenção aos sinais no painel de controle
A grande maioria dos veículos atuais contam com um conta giros no painel de controle. Ele é responsável por monitorar o número de rotação do motor, indo, geralmente, do 0 ao 8.
O número 8 representa o limite de rotação máxima do motor, por isso, ele está próximo a uma faixa vermelha. Não é indicado rodar com o veículo nesse ponto, pois isso pode causar danos ao motor e à embreagem.
Portanto, fique de olho no conta giros para evitar problemas. O mais indicado é que o ponteiro esteja entre o 2 e o 3. Quando estiver se aproximando do 4, já é um indicativo que a marcha está sendo muito esticada, portanto, deve ser trocada.
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Como passar a marcha corretamente?
Apesar de ser uma tarefa comum, a mudança de marchas de carros pode ser um desafio para alguns motoristas, principalmente para os iniciantes. Por isso, fizemos um passo a passo de como realizar a troca corretamente. Veja:
Não pise na embreagem e no acelerador ao mesmo tempo, pois o giro do motor vai aumentar e o carro vai “pular” no momento em que você tirar o pé da embreagem
- Tire o pé do acelerador;
- Pise na embreagem até o final;
- Coloque a marcha na posição desejada;
- Solte o pé da embreagem ao mesmo tempo em que volta a pisar no acelerador;
- Tire o pé da embreagem e mantenha o acelerador pressionado.
Lembre-se, nunca pise na embreagem e no acelerador ao mesmo tempo, pois o giro do motor vai aumentar, o que pode levar o carro a dar um tranco no momento em que você tirar o pé da embreagem.
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Quando trocar de marcha do carro?
Não existe uma regra clara de qual o momento correto para fazer a troca da marcha do carro, uma vez que, dependendo do motor, isso pode variar bastante. Por exemplo, um veículo 1.0 vai exigir que a mudança de marcha ocorra em velocidades menores do que um modelo 1.8.
No entanto, existe uma média que pode ser usada como guia de quando realizar a troca de marchas:
- Primeira para segunda marcha: entre 15 a 25 km/h.
- Segunda para terceira marcha: entre 25 a 40 km/h.
- Terceira para quarta marcha: entre 40 a 60 km/h.
- Quarta para quinta marcha: acima de 60 km/h.
Lembrando que essas faixas de velocidade são aproximadas e podem variar.
Sempre observe o motor e o comportamento do carro, pois são bons indicadores de quando trocar de marcha.