Carro fervendo? Saiba o que significa e como resolver o problema

Muitos motoristas, principalmente os mais novos, se assustam ao notarem o superaquecimento do motor no trânsito ou nas estradas. Isso porque, a situação do carro fervendo pode ficar ainda pior se não forem adotados os procedimentos corretos.

Quando o carro ferve, quer dizer que houve um superaquecimento do motor. Entretanto há vários motivos para que isso aconteça. Por isso é importante sempre observar se o medidor de temperatura se aproxima da área vermelha ou se uma luz preventiva se acende ou, no pior dos casos, se você perceber que está saindo fumaça (vapores) do capô do seu carro.

Para evitar esse problema e, caso ele ocorra, você saber como resolver, preparamos dicas que vão te ajudar a não ter sufocos ao se deparar com essa situação! Continue a leitura e confira:

O que pode ser o carro fervendo? 

Para entender o porquê do carro fervendo é importante entender também o funcionamento do sistema de arrefecimento. Para essa função, o radiador, válvula, reservatório e bomba de água trabalham em conjunto, tendo uma única função: manter o motor operando em temperaturas ideais.

Esse sistema trabalha em circuito fechado seguindo o princípio de condução de calor, em que o líquido entra em contato com as paredes externas dos cilindros do motor “roubando” o seu calor e, consequentemente, regulando sua temperatura por meio de uma válvula que interliga o circuito ao radiador.

Por isso, são muitos os problemas que podem estar relacionados com um carro fervendo, como: falhas em componentes do sistema de arrefecimento, na bomba d’água, mangueiras, termostato, válvula do termostato, radiador, ventoinha ou mesmo a tampa do reservatório de expansão. Todos eles, com mal funcionamento fazem com que o motor não seja devidamente resfriado, podendo levar ao superaquecimento.

– Leia também: Revisão de carros: como manter a durabilidade e segurança do veículo

O que pode causar esse problema?

O motor de um carro está constantemente em alta temperatura, afinal, o veículo é movido a combustão. Além da própria explosão que move os pistões, o atrito entre os componentes móveis do carro também gera calor, levando o carro a temperaturas cada vez mais altas.

Por isso, é importante que todo o sistema de arrefecimento esteja funcionando perfeitamente. Como vimos antes, são várias partes que compõem o sistema e por isso, existem vários possíveis defeitos que podem ser causados. Alguns deles são:

1. Defeito na válvula termostática

A válvula termostática permite a passagem de água fria no circuito vinda do radiador, o que abaixa a temperatura do motor. Caso esse componente trave na posição fechada, não haverá a refrigeração em temperaturas altas, ocasionando o superaquecimento.

2. Ar no circuito de arrefecimento

A entrada de ar no sistema é ocasionada devido à troca do fluido ou a simples abertura da tampa do reservatório. A presença desse ar faz com que o sensor de temperatura (em alguns modelos chamado de cebolão) não trabalhe corretamente. Dessa forma, o eletroventilador pode não ser acionado, provocando um aumento drástico da temperatura — o que leva ao carro fervendo.

3. Bomba d’água com defeito

A bomba d’água é responsável por manter a circulação do fluido pelo sistema. Com o tempo, essa peça pode apresentar vazamento ou desgaste nas pás.

No primeiro caso, sem haver a troca da peça, o vazamento de água fará com que o circuito de arrefecimento perca sua função. Já no segundo, a bomba perde sua vazão.

4. Vazamento de pressão

A pressão no circuito de arrefecimento proporciona um aumento do ponto de ebulição da água, permitindo que, mesmo em valores um pouco acima de 100 °C, a água permaneça no estado líquido.

Quando acontece algum furo ou vazamento nos componentes do sistema, como em mangueiras e tubos, essa pressão diminui, acarretando não só a redução do ponto de ebulição como também a perda do fluido.

5. Falta de fluido no reservatório

O nível do reservatório pode ser um dos principais indicadores de um problema no sistema de arrefecimento. No entanto, muitos motoristas não têm o hábito de fazer a checagem do nível e só percebem o defeito quando o carro apresenta sinais graves, como o superaquecimento, provocando danos ainda maiores ao motor.

6. Ficar parado no congestionamento

Pode parecer mito, mas é verdade: ficar parado no congestionamento pode fazer o carro superaquecer.  Ao contrário do que muitas pessoas pensam, as chances de ficar com o carro fervendo não são maiores quando se está dirigindo em altas velocidades.

O que acontece é que, com o carro ligado, mas praticamente parado, a circulação de ar pelo motor é muito menor. Além disso, o asfalto absorve uma grande quantidade de calor, o que contribui bastante para aquecer o motor, uma vez que estão muito próximos.

Como evitar os problemas relacionados?

O primeiro cuidado é verificar semanalmente o nível do reservatório e fazer a reposição, caso necessário, com o líquido adequado, água ou óleo para o radiador. A revisão periódica do veículo é fundamental, pois o sistema de arrefecimento do carro é uma das partes que devem ser checadas por profissionais.

Além disso, você pode tomar cuidados como:

  • Checar as mangueiras;
  • Verificar a limpeza do sistema de ventilação;
  • Testar o sensor de temperatura;
  • Inspecionar o ponto de ignição;
  • Usar um scanner de diagnóstico.

Tomar cuidados preventivos podem ajudar a aumentar a vida útil de seu carro e evitar gastos futuros. Sempre esteja atento aos sinais de defeitos e procure informação sempre que necessário. 

– Leia também: 10 sinais que mostram que chegou a hora de trocar de carro

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