Para-brisa trincado tem jeito? Descubra se é possível reparar o componente
Quem nunca se viu diante de um para-brisa trincado e ficou preocupado se era possível consertar? A boa notícia é que é possível, mas existem regras e critérios a serem observados.
Neste artigo, vamos explicar o que diz a legislação e as melhores práticas para tratar de trincas no para-brisa do seu carro. Continue lendo e fique por dentro!
Entenda o que diz a legislação
A Resolução nº 216 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) estabelece critérios e limitações específicas para o reparo de para-brisas em veículos automotores.
Ela alinha-se com as Normas Brasileiras da ABNT para fixar condições de segurança e minimizar riscos de lesões aos ocupantes dos veículos.
Critérios da legislação
Veja o que a Resolução 216 estabelece:
- Na área crítica de visão do condutor e em uma faixa periférica de 2,5 centímetros de largura das bordas externas do para-brisa não devem existir trincas e fraturas de configuração circular, e não podem ser recuperadas.
- A área crítica de visão do condutor é a metade esquerda da região de varredura das palhetas do limpador de para-brisa.
Nos para-brisas dos veículos são permitidos no máximo dois danos, exceto nas regiões definidas no tópico anterior, respeitando os seguintes limites:
I – Trinca não superior a 10 centímetros de comprimento;
II – Fratura de configuração circular não superior a 4 centímetros de diâmetro.
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Regras para ônibus, micro-ônibus e caminhões
No caso desses veículos, a área crítica de visão do condutor é aquela situada à esquerda do veículo determinada por um retângulo de 50 centímetros de altura por 40 centímetros de largura, cujo eixo de simetria vertical é demarcado pela projeção da linha de centro do volante de direção, paralela à linha de centro do veículo, cuja base coincide com a linha tangente do ponto mais alto do volante.
Nos para-brisas desses veículos, são permitidos no máximo três danos, exceto nas mesmas regiões definidas para veículos de passeio, respeitados os seguintes limites:
I – Trinca não superior a 20 centímetros de comprimento;
II – Fratura de configuração circular não superior a 4 centímetros de diâmetro.
Penalidades por circular com para-brisa trincado
O descumprimento das normas resulta em infração grave, gerando cinco pontos na carteira de habilitação, multa de trânsito de R$ 195,23, além da retenção do veículo para regularização.
Procedimentos iniciais de segurança
Caso você se depare com o para-brisa trincado, indicamos que você proteja o local afetado com uma fita, de modo a aumentar as chances de sucesso do reparo. Essa é uma prática emergencial, mas que contribui para evitar maiores danos.
Mas, você ainda deve buscar o serviço de reparo o mais rápido possível.
A média de valores para o conserto de para-brisa é de R$ 250, e a duração é de aproximadamente 40 minutos.
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Reparação do para-brisa trincado com resina
Especialistas indicam que trincas pequenas, com até 10 centímetros, podem ser reparadas com a restauração do para-brisa por meio da aplicação de uma resina que seca com luz ultravioleta.
Quando é necessário substituir o para-brisa?
Caso os critérios listados pela resolução do Contran para o reparo não sejam atendidos, será necessário substituir o para-brisa inteiro. A substituição também é recomendada quando o vidro apresenta riscos causados pelo limpador de para-brisa ou quando o dano estiver na área de visão do motorista.
O procedimento de troca do para-brisa é simples, mas deve ser realizado com especialistas que trabalham com peças originais e de qualidade, de modo a garantir a segurança do veículo.
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